O caos lá fora e aqui dentro

Tem 2 dias que não saio de casa nem pra comprar um biscoito. Morar em Fortaleza tem suas vantagens e desvantagens, afinal aqui é uma capital de estado, sempre a mercê de movimento favorável pra diversão das pessoas e dos bandidos também. E o que acontece a dias é uma balbúrdia, na cidade inteira. E que engraçado, dentro de mim também tá acontecendo alguma coisa estranha...
Antes do ano acabar, encerrei o teste que tava fazendo com um medicamento fitoterápico na UFC, foram os melhores meses que tive em anos da minha vida, mas como toda felicidade de pobre dura pouco, esses dias a recaída tem batido à porta da minha alma. Sinceramente, caro telespectador, eu não sei como lhe dizer o que tenho sentido. A depressão é como eu, uma caixinha de surpresas. Nós somos totalmente diferentes, graças a Deus; surpresas boas vindas de mim, dela já não digo o mesmo. Semana que vem as férias acabam, volto à faculdade e o meu cotidiano vai ficar preenchido mais uma vez. Como todo estudante, eu achei esse tempo de férias muito pouco, por mim teria pelo menos mais umas 2 semanas, mas devido o que estou sentindo talvez seja até melhor eu voltar logo pra UECE.
Ontem a solidão deixou de ser solitude, o cansaço quase não me deixa levantar e comer o mínimo tem sido o máximo pra mim, o "suportável". Tô com um resumo expandido pra entregar a um evento que vai acontecer no segundo semestre e pra quem nunca fez um resumo expandido, eu tô mal (achou que eu ia falar uma coisa boa? Achou errado, otário...). Sabe, eu acho que 2019 vai ser bom, apesar de ter começado como começou. Junto com as aulas, as terapias vão ser retomadas e acho que isso me dá motivo pra suspirar mais aliviada. Tem sido tão quente aqui fora, e frio por dentro, que eu tenho me feito umas perguntas tão idiotas, tipo "será que alguém vai se apaixonar por mim esse ano?". Tão adolescente, né? Eu ouvi uma música tão bonitinha a uns dias atrás, que tem relatado bem o que sinto e o que tem acontecido...


Não me levem a mal, mas tem tudo a ver com o que tem acontecido, seja lá fora ou aqui dentro de mim, tirando a parte do amor porque eu não tenho amor nenhum no momento. Quanto a questões amorosas, eu realmente não sei nem o que dizer, é rir pra não chorar. Esse ano eu me permito viver um amor correspondido, mas não sou eu que comando esse barco não, não posso mandar no tempo e dizer "venham a mim"; talvez num futuro próximo eu possa ler isso aqui dando uma bela gargalhada com meu companheiro, mas por enquanto sigo carreira solo com orgulho. Da vida afetiva, eu sigo livre do passado e pronta pra viver um compromisso bom e saudável, sem achismos e dor. Os primeiros sinais de radicalidade no novo governo já surgiram, sei que pessoas já foram prejudicadas e muitas ainda serão, o sentimento de incapacidade por não proteger todo mundo é grande, doloroso. Uns esperando as coisas melhorarem, outros querendo ir embora do país, outros resistindo e a moleza aperta no coração. Que vontade de sumir... Falando nisso, com essa "crise", eu apaguei uns aplicativos do celular, me desloguei de redes sociais e tô em meditação, seja pra me sentir culpada por não conseguir escrever o resumo, seja por me sentir melancólica. Tem coisa que eu simplesmente não escolho. Sei que sumindo, eu posso aproveitar mais do tempo ouvindo os ruídos do mundo; afirmo que não tenha alguém que sinta minha falta em rede social, então não tenho preocupação em dar satisfações. O que eu espero é que as coisas voltem ao normal, voltem a sua estabilidade, pra tudo voltar a funcionar direito. Até lá, eu sigo tentando, seja viver, escrever, dormir ou fingir que tudo está bem comigo.
Até a próxima.

Comentários

Postagens mais visitadas