Tudo novo

O ano mal começou e parece que já não anda. Hoje é dia 19, faltam praticamente 12 dias pra acabar o mês. Como de praxe, muitas coisas aconteceram desde o início do ano. Ou até mesmo antes do fim...

As pessoas ao meu redor sabem que eu demorei um pouco ("muito", disfarçadamente) pra conseguir uma estabilidade emocional e psicológica, pra do nada aparecer alguém e querer me tirar da linha. Ano passado aconteceu uma dessas fatalidades (mais uma vez né...); logo quando imaginei que as coisas fossem dar certo, nada saiu como o esperado. E como toda pessoa decepcionada consigo mesma, eu achei que a partir daí eu ia ter uma saga de solitude e fase de conselheira amorosa, como costuma ser. Mas pra minha surpresa, isso não aconteceu.
Eu poderia ser clichê dizendo "ano novo, vida nova", mas eu gostaria de pensar que é uma nova chance pra refazer a vida, com os aprendizados que eu já venho ganhando com o decorrer dos anos de frustração e sonhos que se apagam e se reacendem a cada nova esperança de um inverno bom. O mundo não pára de girar, para a infelicidade dos terraplanistas e graças a Deus (ou alguma força divina que lhe faça acreditar que o destino trabalha ao seu favor), as pessoas boas aparecem, as oportunidades boas surgem, ou o melhor de tudo: você faz suas oportunidades e nelas conhece pessoas que valem a pena. Não me considero uma pessoa de sorte, entretanto depois de anos de terapia eu vejo a vida de uma forma diferente, de uma maneira mais calma e sem querer me estressar, sem procurar briga, mais assertiva, paciente e ouvinte. Converseira só por mensagem a maioria das vezes e tímida na frente de todo mundo, é bem minha cara, mas quem sabe em 2020 eu consiga mudar isso e me estabilizar nessa vida de "socializar" com pessoas e não só com textos e livros.
Eu devo ressaltar uma coisa em questão, a qual tem me feito bem de todas as formas: Música. Ano passado eu decidi do nada procurar aulas de violino, já que o tinha desde 2017 e nunca mais tinha tocado. E eu achei o professor certo, na hora certa, quando eu mais precisava de uma terapia alternativa. Antes eu via o violino como um consolo por ter que vender o KG (saxofone que eu tinha), só que hoje em dia eu vejo que ele é mais um amor pra minha vida, que eu quero sim levar a sério e como meu companheiro nos melhores e piores momentos. Gustavo não tem asas, mas foi um daqueles anjos que você acha que não existem e aparecem do nada, pra no meio do erro dizer que você acertou e que a vida é feita de aperfeiçoar-se, principalmente a música. E ele tem razão, tudo que a gente tem a gente tem que melhorar, não precisa jogar fora, isso se depende exclusivamente de nós mesmos. Pensando por esse ângulo, juntamente com outros argumentos que levo como princípios na minha vida, eu decidi abandonar alguém que por uns meses pensei que pudesse me proporcionar momentos felizes e de paz, e que no final só estava me fazendo duvidar das minhas certezas e me desequilibrando.
Eu queria não me sentir culpada por isso, ainda bem que a Gessica (minha psicóloga atualmente) me ajuda desde o começo do ano, me fortificando e me dando o livre arbítrio de ter força nas minhas escolhas, porque eu que decido o que é melhor pra mim! Tem coisa que dói pra caramba largar, mas dessa vez eu fui super pacífica; me senti vilã, quis chorar e ao mesmo tempo vi que não era necessidade, me senti rebelde e ao mesmo tempo perdida nas minhas escolhas, entretanto estou aqui, firme e forte agora. 
Continuo com as aulas de violino com o Gustavo, que atualmente está em Israel curtindo as férias e de quebra, conheci pessoas do convívio dele na música e que eu espero poder levar comigo também, sejam como amigos ou colegas de grupo de apresentação. Sei que eu preciso de mais esforço, então já tô pensando em como fazer isso, sabendo também que vou ter que esticar meu deslocamento e continuar com as aulas individuais, mas eu quero isso na minha vida, quero tocar e levar música pra mais pessoas se apaixonarem como eu me apaixonei e amo meu violino.
Ah! Sabe que o violino tem uma "prima"? A viola é um pouco maior que o violino e os sons até parecem um pouco, mas não sabia que podiam fazer dueto juntos, ou que poderia se complementar. Agora tenho uma viola na minha vida e isso me deixa mais feliz. Não, eu não toco viola kkk mas quem toca ela, toca meu coração já tem alguns dias, semanas, como se tivesse sido feito pra mim e eu só encontrei agora. Nem sei se um dia ele vai ler isso, relembro agora todas as vezes que escrevi sobre alguém em algum blog meu e que no final das contas as pessoas se afastaram, ou eu me afastei e não gosto da ideia de pensar que ele pode ser o próximo a acontecer isso. Começamos como bons amigos mas hoje eu compartilho mais que abraços e "bom dia" com ele. É uma droga não poder saber como vai ser o dia de amanhã, então vou chamá-lo de Mago.
O Mago é uma pessoa que hoje é mais que um amigo, é um companheiro, seja pra suar a camisa andando no centro ou pra me fazer rir quando eu menos espero que tenha um motivo. Eu não vejo motivo algum de reclamar disso, apesar de eu ser uma pessoa sensível a mudanças bruscas de temperatura kkk a gente se dá super bem, posso falar sobre meu passado sem temer que ele se sinta ameaçado e posso ouvir o nome de suas ex-namoradas (e até mesmo encontrá-las em redes sociais por acaso, ou pessoalmente como já aconteceu kkk) e não sinto nenhum tipo de medo delas voltarem e procurarem ele. Ele realmente é um cara incrível e que eu admiro, por ter passado por bons e maus bocados como eu já passei e hoje estar de pé, assim como eu! É engraçado como a vida é, as vezes acho que ela faz piada com a minha cara e no dia seguinte, me apresenta as melhores pessoas, ou somente a que poderia me acompanhar pelo resto da minha existência aqui na Terra. E se fosse o Mago, eu não teria do que reclamar, jamais. Nós temos as nossas falhas, talvez façamos algo que o outro não goste, mas a gente conversa muito e conversa bem o suficiente pra tornar tudo suportável, amigável... Diz aí quando eu imaginaria encontrar alguém assim na vida?
Estamos em janeiro ainda, no finalzinho e sabe, algumas coisas diferentes tem tornado meus primeiros semestres da vida um pouco diferentes do que costumavam ser. Independente do que acontecer comigo e com o Mago, eu gostaria de deixar isso tudo descrito aqui pra eu lembrar que sim, ainda existem pessoas no mundo que podem se encaixar na minha vida sem eu me preocupar com o passado delas e os erros também, afinal, somos feitos do que já vivemos, sejam essas coisas acertos ou erros. Tudo caminha para onde deveria caminhar, nada é por acaso. Tudo tem um propósito e sim, eu gosto dos fatos propositais que tem acontecido comigo e com ele, comigo e com a música, comigo e com as terapias, comigo e com a faculdade.
Espero poder escrever mais coisas, quem sabe sobre o Mago, ou sobre os momentos simples, felizes e mágicos que tenho com ele. Eu poderia fazer um álbum só com as fotos que a gente tem, mesmo que poucas. Ele ainda tem um filme pra indicar que a gente venha a assistir numa tarde livre (o que provavelmente vai demorar, porque o ano começou com tudo e logo ele viaja e volta pra trabalhar a tarde) e eu também tenho que dar um rumo maneiro pra minha vida, senão eu num saio do canto. Minha mãe merece desafogar um pouco das finanças apertadas e eu ter o meu próprio dinheiro novamente. Contudo, preciso de planejamento, o que acredito que não demore a fazer.
Tantas coisas mais que eu gostaria de escrever sobre a felicidade que sinto, porém o resumo já consta aqui. Agora torço pra que haja uma constante e que eu tenha mais coisas lindas a contar aqui no decorrer dos próximos dias.

Fé e coragem que as coisas mais lindas e reluzentes acontecem sim!

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