Querido telespectador...

Passei uma semana fora da minha normalidade, foi muito esquisito. Tenho muitos trabalhos pra fazer, da faculdade. Talvez eu esteja me sentindo muito culpada por não estar conseguindo controlar minha mente e me disciplinar de vez, assim fazendo um mergulho de cabeça diretamente na faculdade. Eu acho que tô mesmo triste com isso... Mas foi uma semana boa.
Tô aqui lendo sobre "A liberdade da cidade" de David Harvey, é um artigo pequenininho, de 5 páginas, mas eu fico olhando pra pasta de outros artigos que tenho que ler e fico me perguntando: Por que isso? Por que escolhi esse caminho? Por que eu tô me subestimando tanto a essa tristeza, achando que eu não vou conseguir realizar o que é necessário fazer?
Acho que tô mesmo me achando uma inútil, com tanta coisa pra fazer e me sentindo cansada, impotente, sem muitas forças pra poder escrever ou sequer ler pra tentar entender o que tá se passando no texto. Tenho apenas uma coisa em pensamento:
Você tem que fazer, logo! Se você não fizer agora, vai ser pior.
O meu maior problema é que eu não fico pensando só nisso. Vem mais pensamentos na minha cabeça, como por exemplo "você é uma preguiçosa feia e imprestável", "se você não fizer isso logo, vai se ferrar" ou até mesmo "tá vendo como você não vai conseguir chegar no nível dos seus colegas?".
Realmente eu fico vendo meus colegas, como eles tiram notas altas, se desenvolvem melhor escrevendo ou até analisando artigos, entrevistas, livros didáticos e formais, com linguagens mais específicas; isso me dói o coração e a cabeça. No final de tudo o corpo dói por completo e mais uma vez não consigo sair do lugar.
Eu fico pensando que tô remando contra uma maré que não tá aqui pra me ajudar. Eu queria demais ser diferente do que eu sou, mas querer é poder (como dizem) e as vezes eu não vejo forças em mim pra dar essa volta por cima que preciso.
Ah! Antes que eu me esqueça, a ultima semana também foi meio carente. As vezes tenho a impressão que minhas amizades estão se expandindo, e as vezes acho que não, é só gente interessada em algo que eu tenho a dar, a maioria das vezes algo que é momentâneo até demais. Queria poder ser um cachorro ou até mesmo um gato aqui da Uece (sim, eu tô na faculdade tentando estudar e não consigo), pra poder ser mais livre e carinhosa com as pessoas e elas entenderem que aquele é meu jeito de ser, que eu não vou mudar de humor do nada porque já sabem que eu sou assim, e me aceitam assim. No final das contas, como diz minha mãe, eu queria tanta coisa e as vezes parece que eu não sou nada... isso me entristece. Mas acho que ficar aqui balbuciando não vai adiantar de nada. Tudo fica guardado no coração; uma hora o copo enche e eu não vou ter mais como segurar, e aí, como vou fazer? 
Correr pra baixo do chuveiro e chorar. Lamentar. Me sentir mais inútil do que já sou normalmente. Minha concentração tá uma merda e eu não sei o que fazer. Sei que sou doente mas as vezes falta equilíbrio. Muito. Sinto muito, por mim e por todas as pessoas que sentem algo por mim, mesmo que seja raiva. É triste estar existindo ao invés de viver perigosamente ou amorosamente ou somente viver, construir o melhor pra você. O que seria melhor pra mim agora? Desenvolver o trabalho de Geografia Urbana.
Até mais...

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