Peito cansado
Meu amor, meu peito tá cansado, é fim de um dia chuvoso e eu não sei onde você está. É tão esquisito como as coisas acontecem dentro e fora de sincronia, que ao mesmo tempo em que chover do nada pode estar sendo um pé no saco, em algum lugar do mundo deve estar fazendo total sentido.
Essa gripe que fui acometida me deixa cansada, seja de respirar ou de tossir. Meu peito anda cansado de respirar, de tossir, de bater. Meu coração as vezes bate à força e sem nenhum exagero, eu lhe afirmo, ainda não acredito que você deva existir.
Mas sabe amor, ainda acho que vamos nos encontrar em um dia qualquer, dentro ou fora do ônibus, e qualquer dia leremos todas as cartas que escrevi e encontraremos sentido. Lembraremos dos dias em que cada um esteve naquela data, contaremos sem ciúmes do que o outro viveu e perceberemos o quanto cada passo até nosso encontro foi importante. Cada decepção, pensamento negativo e positivo, cada perrengue no trabalho ou na faculdade, cada gripe sem motivo, cada gota de chuva derramada escoando no asfalto...
Amor, te peço desculpas se alguma vez já te fui rude, é que o tempo não me ajudou a acostumar-me com o amor, com carinho, com a receptividade do ser humano por natureza. Tudo hoje em dia vem com interesse, com uma finalidade interesseira e amor, eu não sei você, mas isso me deixou exausta nos últimos anos.
Estou me sentindo mal a dias, meu braço já está marcado de agulhas, mas dessa vez de hospital. A chuva parou de cair lá fora, agora só sinto o cansaço em meu peito. Fico por um tempo pensando em todas as coisas que ainda preciso estudar pra faculdade, sobre o último dia de evento (que é amanhã), sobre quando ficarei boa dessa doença ruim, sobre a greve geral que terá amanhã, se haverá ônibus ou não, se eu vou ter segurança ao sair de casa. Se eu vou sair de casa.
Desejo do fundo desse meu coração cansado que você esteja bem, aguarde mais um pouco até nos encontrarmos e quando isso acontecer, só me abrace forte. Se estivermos a pegar o mesmo ônibus, sente do meu lado e segure a minha mão, não precisa me dizer nada... Olhe nos meus olhos que eu saberei, eu não deixarei mais você sumir do meu horizonte. Eu vou guardar qualquer contato teu, onde eu possa te reencontrar sem o desespero de te perder novamente de vista. Eu penso, por diversas vezes, que esperar não vai adiantar, que eu posso procurar qualquer passado meu que tenha a intenção de voltar. Entretanto, no fundo, eu sinto segurança em permanecer com o pensamento de que nos encontraremos para dividir histórias inéditas, felicidades simples e compostas, momentos de paz e tranquilidade, ou até mesmo de tensão e medo. O que importará é estar ao seu lado, nós dividiremos tudo; sei que você não poupará esforços para estar comigo e eu também farei o mesmo por você. Teremos nosso amor tranquilo, no balanço da rede e com sabor de fruta mordida. Todo amor que houver nessa vida, nós teremos juntos.
Mas por enquanto, meu peito continua cansado... Não te demores.
Essa gripe que fui acometida me deixa cansada, seja de respirar ou de tossir. Meu peito anda cansado de respirar, de tossir, de bater. Meu coração as vezes bate à força e sem nenhum exagero, eu lhe afirmo, ainda não acredito que você deva existir.
Mas sabe amor, ainda acho que vamos nos encontrar em um dia qualquer, dentro ou fora do ônibus, e qualquer dia leremos todas as cartas que escrevi e encontraremos sentido. Lembraremos dos dias em que cada um esteve naquela data, contaremos sem ciúmes do que o outro viveu e perceberemos o quanto cada passo até nosso encontro foi importante. Cada decepção, pensamento negativo e positivo, cada perrengue no trabalho ou na faculdade, cada gripe sem motivo, cada gota de chuva derramada escoando no asfalto...
Amor, te peço desculpas se alguma vez já te fui rude, é que o tempo não me ajudou a acostumar-me com o amor, com carinho, com a receptividade do ser humano por natureza. Tudo hoje em dia vem com interesse, com uma finalidade interesseira e amor, eu não sei você, mas isso me deixou exausta nos últimos anos.
Estou me sentindo mal a dias, meu braço já está marcado de agulhas, mas dessa vez de hospital. A chuva parou de cair lá fora, agora só sinto o cansaço em meu peito. Fico por um tempo pensando em todas as coisas que ainda preciso estudar pra faculdade, sobre o último dia de evento (que é amanhã), sobre quando ficarei boa dessa doença ruim, sobre a greve geral que terá amanhã, se haverá ônibus ou não, se eu vou ter segurança ao sair de casa. Se eu vou sair de casa.
Desejo do fundo desse meu coração cansado que você esteja bem, aguarde mais um pouco até nos encontrarmos e quando isso acontecer, só me abrace forte. Se estivermos a pegar o mesmo ônibus, sente do meu lado e segure a minha mão, não precisa me dizer nada... Olhe nos meus olhos que eu saberei, eu não deixarei mais você sumir do meu horizonte. Eu vou guardar qualquer contato teu, onde eu possa te reencontrar sem o desespero de te perder novamente de vista. Eu penso, por diversas vezes, que esperar não vai adiantar, que eu posso procurar qualquer passado meu que tenha a intenção de voltar. Entretanto, no fundo, eu sinto segurança em permanecer com o pensamento de que nos encontraremos para dividir histórias inéditas, felicidades simples e compostas, momentos de paz e tranquilidade, ou até mesmo de tensão e medo. O que importará é estar ao seu lado, nós dividiremos tudo; sei que você não poupará esforços para estar comigo e eu também farei o mesmo por você. Teremos nosso amor tranquilo, no balanço da rede e com sabor de fruta mordida. Todo amor que houver nessa vida, nós teremos juntos.
Mas por enquanto, meu peito continua cansado... Não te demores.
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